Eu, R*, me confesso...
domingo, novembro 02, 2014
A história da Brittany Maynard, aquela rapariga que decidiu morrer no dia 1 de Novembro, mudou de ideias e decidiu que ainda não estava na altura... E eu fiquei bastante aliviada!
Confesso que quando vi esta história chorei... Chorei pela difícil decisão que ela tinha tomado... Como iria ela viver os últimos dias? E no dia 31? Como estaria? Será que não estaria atormentada? Eu não conseguiria colocar fim à vida... Preferia aguentar ao máximo... Mesmo, ao máximo dos máximos... Até me sentir mal... Mas nunca conseguia colocar fim à vida quando ainda me sentia bem e em faculdades mentais que me permitissem levar uma vida "normal". No fundo estou feliz que ela tenha voltado com a decisão a trás... Coitados dos pais dela e do marido... Que sofrimento haveriam de ter tido após a decisão dela...
Graças a Deus que mudou de ideias... Que Deus a ajude!
9 comentários
Se foi o melhor para ela, ainda bem para ela e o resto da família :)
ResponderEliminarEu vi no site dela que nunca tinha dado uma data, que julgo terem os media a avançar essa data.
ResponderEliminarComo doente de algo sem cura ou tratamento, como pessoa que vive diariamente com muitas dores que nem a morfina controla (e posso estar a chocar.te), percebo.a tão bem. E se pudesse colocar um fim ás minhas dores, faria o mesmo. Exactamente o mesmo.
Não é desistir. Eu adoro viver, medmo depois da vida me ter roubado a audição, o sorriso e o choro. Mesmo depois de tudo aquilo que já sofri, adoro viver mas viver com dores que nos matam por dentro é duro. É cruel.
Também não é escolher o caminho mais fácil, porque não é fácil tomar uma decisão destas.
Sim, é verdade que a família irá sempre sofrer, quer o doente decida pela eutanásia ou não. Mas e nós, doentes, sofremos o triplo. Pelas dores, pela nossa família, pelas esperanças que morrem ainda antes de nascer, pelos tratamentos, pelas frustrações..por tanta coisa que ninguém consegue imaginar. Ninguém, a não ser a própria pessoa. Viver assim não é viver. É sobreviver.
Desculpa os erros e o tamanho do meu comentário.
Beijinhos e tem uma boa semana
Já deixei lá no blog a minha opinião. Eu sou a favor do suicídio assistido se for em casos de evitar o sofrimento de algo que inevitavelmente vai acontecer. Mais vale uma pessoa lembrar-se da outra pelo que ela foi, do que pelo que sofreu no fim (falo por experiência própria com a minha avó).
ResponderEliminarMas tb acredito que ela não esteja tão calma quanto aparente estar e não é uma situação fácil, sem dúvida. O adiamento é, de certeza, por ainda querer viver e não querer deixar aqueles que ama.
Estás desculpada : )
ResponderEliminarPois eu estou a pensar seriamente em ( tentar ) ir estudar para fora de Lisboa, e acho que tendo em conta o meu problema, seria o melhor a fazer e depois de todas as coisas que se têm passado na minha vida acho que o melhor seria mesmo afastar-me e começar de novo em outro lado...
Aiii, dei tantos erros e comi tantas palavras! Desculpa mas estou pelo telemóvel.
ResponderEliminarOlha, afinal já aconteceu. Vê aqui. http://www.thebrittanyfund.org/
Eu nunca iria conseguir definir uma data para a minha morte :o
ResponderEliminarPor acaso não sabia que ela tinha voltado atrás na decisão. Mas acho que se ainda está minimamente «bem» fez bem em adiar essa decisão
ResponderEliminarNão sei se já sabes mas ela acabou por se suicidar no dia 1 de Novembro...
ResponderEliminarAinda bem que mudou de ideias. Talvez signifique que não está assim tão mal.
ResponderEliminar